Entre o dia de céu estrelado... E sol da meia-noite...
Abelhinhas trabalham construindo um caminhozinho de cera pelo longo vintém...
Aquele sobe e desce intenso das rocas a planar.
Chega e sai, entra e vai... E realmente foi, para bem longe!
Nunca haveria de ter voltado, bem, como voltar se no fundo nunca foi?
O bobo logo de cá, a se enganar e o tempo a passar... Passa tempo, passa tempo!
Sentia-se em pleno pulmão, oras pois, a imaginar o de lá.
Coisa no fundo que nunca se foi...
Como outra e outro qualquer estão apenas para se cegar.
Pois quando, ao se ver, logo se sentirão...
Fácil é fazer e partir. Marcar e se afeiçoar e partir... partir... partir... Por que voltar?
Por que voltar? Oferecer-se a tudo fazer de bom grado, e sorrir. Rir...
Felicidade que há tempos não sentia!? Tamanha que era! Ao passado se voltar, e rir.
Esquecer-se das trevas que haviam tomado-a por longo tempo! Por-se a aventura.
Quando a chuva passa e tudo vai bem, como esperar o tintilhar do granizo ao solo?
Enquanto um se gela, solitário no esquecimento pútrido e amargo que seu coração o coloca.
Sorriso de merda! Vida de merda! Quando se perde as esperanças porque viver?
Nunca houve indício que ela não tenha se perdido... Seu coração o faz pensar assim.
Coração imundo, que compactuou sempre com a existência do constante.
A ausência é uma forma de desistência... sim, sim, sim...
Porque tentar construir algo num palácio em decadência? Num coração esmigalhado?
Que em verdade nunca foi refeito?
Até quando o palhaço agigantonado fará questão de esmigalhar os pedaços partidos?
Até quando a pútrida flor do limbo aceitará as imensas pisadas?
Já não teriam sido muitas? Por que então o mantém cruel como é?
Por que qualquer dor é melhor que nenhuma?
NENHUMA haveria de ser melhor!
Como compreender a essência da decadência?
Seria necessário passar o tempo assim!?
Romper... romper... romper... Acorde pútrida flor do limbo!
Agora que teu afeiçoado libertador caminha ao bem virá do mundo!
Ao que será em certo todo o norte.
Acordar... acordar... acordar... Rompa com o temor, com o certo!
Ousar uma viagem interplanetária. Ousaria alguém a enfrentar esse perigo?
Se ousastes sem vaidade, e persististes com fé,... não há de que corar.
É tão tudo tão porcamente simples...
Sinto cheiro de segredinhos! Como pode um ser ser tão idiota?
Deixe-se por fim se libertar... Será assim. Sem traumas nem dor!
Como há de rezar o mandamento divino da sagrada pós-modernidade...
Apenas mais um. Descartado como se descarta uma embalagem vazia.
"Estou gordinha"! Agora acredito! Acredito? Deveria ainda? "Não, não, isso é só formosura"... Que piada!!!
Como podem seres "racionais" se enganarem tanto assim? O que são? Macacos?
Ainda orangotangos? Ainda orangotangos... Acredite! Assim é! Se iludem felizes e contentes.
Rindo como hienas famintas e sedentas, sonhando com a próxima carniça...
Se isso não servir ao meu intento, porei-me pois a desistir.
Nada mais tomba a furada canôa que navega na quente areia do deserto...
Com I se fez com I se finda! Oui? I do que quiser, do que encaixar. Do que pensar
Penso que... Penso que... Penso que... Penso nada...
Segredinhos que matam, que envenenam aos poucos. E fazem sangrar. Erupções cutâneas.
Que em alguns momentos tontificam e alienam! Mas que rompem! Saem fortalecidos e gosmentos.
Rume para o centro da decadência da cultura formal. Ocidental? Que piada!
Lá talvez encontre outro que preencha o vazio deixado pelo que se fez primeiro.
O primeiro dos primeiros! Que não se põe a enfrentar! Que teme ao fundo em frente!
Com I se fez com I se finda! Oui? I do que quiser, do que encaixar. Do que pensar
QUe piada isso foi?
Que piada isso é?
Até onde essa piada vai?
Quando vai estourar?
Estourou?
Não há arrependimento... apenas a ilusão dele... O mundo é dor! E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor! Quando o sol...
Volto a burocracia da existência.
E dois atores vestidos com máscaras de burros entram em cena. Risos ao fundo! Um vestido como homem, terno e gravata sóbrios, outro como mulher, portando um longo vestido rubro e sedoso (ou seria melhor azul? Ou ainda violeta?). Mais risos. Conversam e mais risos ainda... Saem de cena, muitos aplausos!
É assim, tão simples. Aplausos e mais aplausos para os burros! Enquanto corujas são depenadas e assassinadas, quando não torturadas... alimentadas com chumbo!
Podemos tentar tirar nossas máscaras? Não mais, elas já fazem parte de nosso ser, de nosso não-ser. Queria ser como antes, poder ser tão grande! E quando descobrimos que somos minúsculos, inúteis e praticamente descartáveis como se manter sendo e não sendo ao mesmo tempo!?
Segredinhos que matam! Que envenenam! Que estão presentes desde o começo!
Que são tão presentes. Sempre presentes... Liberte-se enfim para eles. Tire-os da gaiola!
Merecem um descanso! Não? Vá... caminhe, antes que seja tarde... Antes que morra de amargura. Tento me afastar deles, mas me oprimem tanto. Estou morrendo aos poucos... Sou sugado e nunca reposto. Estou acabando... Me apagando das páginas aos poucos das páginas que fui escrito. Pois o que é minha vontade? Teria alguma? Sou guiado pelo fluxo do vórtice da existência. Vontade anulada. Existência apagada.
Devo por-me a buscar o tesouro que guarda o oriente? Ainda estaria ele guardado? Ou já foi roubado? Profanado?
O belo não existe mais! Papel, papel, papel... Tela, tela, tela... Tele-ser, teleser... Tele nada. Nada tele. Teleologia mensurada!
Bem, por aquele que diz sem dizer e que no fundo, sente sem sentir... Nunca sentiu nada, como declarado pelo progenitor, poucos dias antes de teu encontro com a corda. Acorda!!!
É sempre tão mais fácil deixar as coisas como estão... E voltar para a maquinação do que realmente são. Tudo tão é tão efêmero... Empreendemos uma verdadeira jornada contra a dialética da existência.
E assim segue a fúria do cogumelo efêmero contra a orquídea imortal.
Essa eterna epopeia! Sem glórias nem lamentos. Sem risos nem lágrimas.
Quando murchará a orquídea? Seria ela mesma: imortal?
E o cogumelo é tão efêmero assim, quando acredita ser?
Quem irá sobreviver da Jangada lançado ao mar? Tão triste e arrebatadora quanto a Jangada da medusa...
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